quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Nada és porque sí, mate y siesta.

Nada és porque sí. Essa frase eu ouvi um dias desses aqui na Argentina. Corresponderia ao nosso velho e bom "nada é por acaso", coisa em que eu acredito profundamente. Desde as coisas mais corriqueiras até às pessoas que conhecemos, em nossas vidas nada e ninguém é por acaso. Escrevo isso pois nas fotos de hoje apresento algumas pessoas que estao fazendo parte do meu cotidiano aqui na Argentina: Emily e Liliane (as brasileiras), Mercedes, Manolo e Ulisses. Nada y nadie és porque si.

Também hoje vou apresentar dois costumes argentinos: a siesta e o mate.

Vamos começar pelo mate. Bom, isso nao é novidade nenhuma para quem vive no Rio Grande do Sul. A diferença é que aqui o mate é servido em uma cuia menor, arredondada, chamada de ... mate! Sim, a cuia aqui nao tem um nome específico. A erva é um pouco mais forte e picada, nao moída em um pó fico como a nossa. Assim como no Rio Grande do Sul, o mate está presente em qualquer lugar que reúna mais de dois argentinos. Aqui as pessoas tomam mate na aula, na praça ou em casa e oferecer um mate em alguém significa um sinal de amizade. Até eu, que nao tomava muito mate, já tenho aceitado um de vez em quando.

A siesta já é um capítulo à parte, e uma das coisas que mais me causou estranhamento e mudou a minha rotina aqui na Argentina. O comércio aqui fecha às 13h e retorna apenas às 16h. Esse período de três horas é considerado a siesta e é quando as pessoas se quedan em suas casas, preparam as suas refeiçoes e dao aquela dormidinha (ok, também damos aquela dormidinha depois do almoço, quando possível, mas nao até às 16 horas da tarde. Eu pelo menos nao!). Isso por um lado é bom, pois aqui as pessoas tem tempo de comer e descansar, ou organizar as suas casas, ou estudar, como queiram. O ruim é que a cidade pára nesse período. Apenas os cafés, os restaurantes e os cibers (onde eu me refugio) ficam abertos ... o resto fecha, as ruas se esvaziam ... Existem algumas disciplinas na universidade que iniciam ou terminam nesse período de tempo, mas o comércio em geral fecha.

Uma explicaçao que me deram é que aqui em Paraná o calor é muito forte no verao (beira os quarenta graus) e além do mais, há muita umidade por a cidade estar à beira do rio, de forma que é quase impossível ficar na rua nesse horário.

Segunda-feira de sol, clima ameno, siesta, roda de amigos, praça. A conversa flui com o vai e vem do mate. Nao lembro do que falávamos, mas com certeza essa vai ser uma das lembranças vai vívidas da Argentina.




Mate na Praça - Liliane, eu, Mercedes, Manolo e Ulises - 27.08.2007




Las chicas de Brasil - Liliane, Emily e Yo - 27-08.2006

Noite da pizza - Emily, Cristina, Alícia, Carla, Liliane - 24.08.07
A Alícia e a Cristina sao as donas da casa onde eu estou morando. Nessa noite elas nos ofereceram uma pizza. A Carla é funcionária da UNER.

Ah, hoje é dia del paro na UNER. Os paros ou huelgas sao a forma encontrada pelos professores e funcionários universitários argentinos para fazer prostesto. É como se fosse uma greve de um ou dois dias ou de um turno (hoje o paro iniciou-se às 13h). Semana passada houve paro, nesta também...

Fico por aqui, entao!


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Um giro por Paraná

Vista do Rio Paraná - Parque Urquiza - 17.08.2007
Vista do Rio Paraná - Parque Urquiza - 17.08.2007


"Quem precisa de praia quando se tem uma vista como essas?" - Foi o que eu pensei quando eu ví essa vista linda.

Olá gente!

Depois de quase uma semana de criaçao deste blog, postarei alguma coisa da Argentina.

Vou tentar manter uma certa periodicidade nas postagens, conforme as minhas experiências aqui. Mas nao garanto que eu vá conseguir manter o meu objetivo de postar algo a cada dois dias, entao dobrei meu prazo: a cada quatro dias vou colocar algo de novo por aqui.

O post de hoje é uma recapitulaçao dos últimos quinza dias. Algo como `os melhores momentos´

Paraná nao é uma cidade muito grande, é um pouco maior que Santa Maria. Foi um pequeno povoado que cersceu às margens do Rio Paraná, aquele mesmo que nasce no interior do Brasil. Aqui, ele se torna um rio extenso que divide a Província de Entre Ríos da Província de Santa Fé.
A cidade deve ter seus 150 anos de emancipaçao, mas o povoado à beira do rio existe desde meados do século XVII.

Percebe-se uma grande preocupaçao do povo daqui em preservar os prédios e edifícios históricos. Quase todos os Orgaos do Governo argentino e uma boa parte do comércio no centro da cidade estao em predios antigos muito bem conservados.

Há dois lugares lindos para se visitar aqui em Paraná. Um deles é a Peatonal (calçadao da cidade) que se extende por umas sete quadras no centro da cidade. É uma rua larga, onde se concentra o comércio local, alguns bares e alguns dos principais bancos. É uma rua muito charmosa, com árvores e bancos.

Outro lugar lindo é o parque Urquiza, uma área arborizada nas barrancas do Rio Paraná. É muito agradável caminhar no fim do dia nesse lugar ... pincipalmente se você está começando a sentir saudades, a extranar sua gente. A paisagem te faz esquecer por uns momentos essas coisas.

Como estou no ciber, vou para por aqui ... passarei a escrever os textos em casa, para fazer coisas mais elaboradas, senao gasto todos os meus pesos em internet.

Saudade de todo mundo no Brasil, saudade de casa e de Santa Maria.
E do André também (te amo, corazón).

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

¡enchufate y desfrutalo!

Agora Nao tem mais como voltar, estou em terras argentinas!
Olha só a bandeira deles ... ela está em toda a parte por aqui.
Bjus e saudades de todos.

Olá gente linda do Brasil, estou morrendo de saudades!

Esse blog vai ser mais um meio de comunicaçao com vocês que estao aí no Brasil. Vou tentar disponibilizar o maior número possível de informaçoes sobre a Argentina, desde os lugares pelos quais eu for passando até mesmo alguns os costumes, as comidas e as coisas diferentes que eu for vendo por aqui.

Para quem nao está entendo o que significa o endereço e o nome do blog, seguem-se duas explicaçoes rápidas

Enchufar quer dizer ligar na tomada. Entao enchufelo seria a mesma coisa que ligue-o, acesse-o (existe isso em português?).

Já, ¡que sé yo! é uma expressao sempre usada pelos hermanos para dizer algo como "O que eu sei sobre isso" ou "O que dizer sobre isso" ou "Fazer o quê?". Geralmente é usada como um desabafo, seguida de um suspiro ou olhar indgnado. Aqui, faço uma outra aproriaçao do termo, usando com um sentido mais leve, mais de surpresa que de espanto.

Me desculpem os estudiosos da língua espanhola se estou cometendo alguma barbaridade lingüística. Sou uma apenas uma intercambista em um país vizinho.

Para finalizar, estou bem, estou feliz. A cidade é linda, o povo é muito amável. A faculdade á bastante diferente, mas é um mundo a desbravar.

Até o próximo post!